Pegando no Tranco
O que tem de bom por trás do dia-a-dia de uma familia em que: o pai é uma espécie de Lair Ribeiro que não consegue aplicar a própria fórmula do sucesso. A mãe está cansada dessa lenga e percebe o naufrágio do casamento. O filho faz um voto de silêncio em nome de Nietzsche e de um objetivo. A filha, quase obcecada, ensaia diariamente um número de dança (para apresentar no concurso que dá nome ao filme) junto com o avô, que vê pornografia e cheira heroína nas horas vagas. Finalmente, um tio suicida em recuperação. Nada, aparentemente é o caos total. No meio da bagunça e desilusão, surge a oportunidade para a guria e todos embarcam numa emblemática Kombi amarela, rumo à Califórnia. É no longo caminho a percorrer que a personalidade dos membros da família aparece, por influência de diferentes e insólitos problemas. Assim, o pai se torna líder, a mãe, agregadora, o avõ, carinhoso, o filho, irmão, o tio, paciente e a filha é uma criança normal que só quer se divertir, o motivo de tudo. Crítico, inteligente e ácido, mas ao mesmo tempo engraçado, melancólico e sutil, contrapontos interessantes para mostrar as atitudes das 6 pessoas que viajam numa metáfora amarela, em que facilmente conseguiríamos um lugar.
Do caralho.
:)
