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3.11.10

Cheirodiversidade



publicado em 20/04/05

É incrível a variedade de odores disponíveis na faixa de 5km da avenida Edvaldo Pereira Paiva, vulga Beira-Rio, entre 18h30 e 19h30. Saindo do Gasômetro, os primeiros 50m têm um cheiro de marofa característico dos admiradores-do-por-do-sol de plantão. Mais adiante, ao longo do primeiro km, é um mix de perfumes. Incrível, mas tem gente que se maquia e se perfuma pra ir correr ou caminhar. Na ponte do dilúvio, aquele coquetel de dejetos que passa embaixo exala um fedor horroroso. Ainda bem que a transição é rápida. Passando pela pista de skate, dependendo do vento, mais marofa. Seguindo em frente, um trecho meio inodoro até o Parque Gigante. Ali, a churrascaria Montana é uma provação. Um dia entro pra provar a picanha das 18h50, que deve ser suculenta e mal-passada. Logo adiante, o estômago quase vira e o apetite some. Animais em estado avançado de putrefação nos arbustos dão sentido a expressão: no pain, no gain! Lá no final, a Borreghard (atual Riocell) de vez em quando dá o ar da graça com aquele cheirinho característico. Na volta, inverte tudo, mas aí a rinite já tá funcionando e o olfato já não é mais o mesmo.


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2 comentários:

Marcos Gazzana disse...

Great text!

Daniel disse...

thanx dewde!


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