Cine às ganha

Quem frequenta cinema com uma certa frequência deve ter tido uma surpresa nas últimas semanas. Há um certo tempo que eu não via a frase 'baseado em fatos reais' no início do filme. Ou aquele clássico final: fulano foi condenado, sicrano tem paradeiro incerto e não sabido, beltrano cumpre pena em tal lugar e por aí vai. Pelo contrário, a fantasia vinha dominando a telona. Nada contra, mas um pouco de realidade é bom pra estimular a sinapse humana.



Esse aqui veio da vida de Jesse James Hollywood, o mais jovem traficante a figurar no hall of fame do FBI. Mostra que o resultado da soma de adolescentes + drogas + festas + poder não é nada bom. No meio dessa zona, surge um junkie fantástico, pra empatar com Begbie no meu ranking. No segundo lugar, obviamente. Em primeiro reina, absoluto, Alex de Largue. O guri do filme tem o seqüestro mais colônia de férias que um adolescente rebelde pode sonhar, incrível. O problema é que complica feio quando ele recebe a conta...



Esse outro fala de um assassino famoso que apavorou San Francisco na década de 70. O filme é detalhista demais, afunda na atmosfera da época. Também mergulha descrevendo cada personagem, suas relações e seu nível de obsessão com o caso. Ganha um cartunista, Jake Gyllenhaal que passa mais de meio filme tentando descobrir quem esta tocando o horror na Bay Area. Essa combinação tem um efeito colateral complicado, ela cansa. Então, não faça a cagada que eu fiz de ir pro cinema cansado que não vai dar certo. São quase 3h de filme contando uns 20 anos de fatos, com certeza detalhes importantes vão passar despercebidos. Vou ver de novo. Os dois.

:)