Lotação: 6 leitores em pé e 4 sentados


21.12.10

Isabela

É minha prima, tem 13 anos e acaba de se formar no ensino fundamental. Oradora da turma, escreveu essa beleza aqui:

Boa noite a todos os presentes.

Quero agradecer à turma pela confiança depositada em mim para proferir algumas
palavras neste dia especial da nossa formatura no ensino fundamental. Também estendo o
agradecimento a todos vocês que vieram prestigiar este evento importante de nossa vida.

Inicialmente, cito uma poesia de Vinícius de Morais denominada Saudade, que diz:


A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes

novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... Nos reuniremos para um último
adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai
para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no
tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e
que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... Mas
enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos
sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de
finais de ano, enfim... Do companheirismo vivido...

Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a
sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... Conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... Meses... Anos...
Até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas?
Diremos que eram nossos amigos. E... Isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles
que vivi os melhores anos de minha vida!

Nesta poesia, Vinícius de Moraes, define o que é a saudade e a importância dos amigos
em nossa vida, que se encaixa perfeitamente na turma da oitava serie 2010.

Esta não foi uma turma qualquer, com meros desconhecidos estudando lado a lado. É o
que se pode denominar “irmandade”, que significa fraternidade,um ato de conviver juntos e
em paz. Mesmo assim não tão em paz, pois beiramos algumas discussões e polêmicas em sala
de aula. Isso porque cada um é completamente diferente do outro e possui pensamento forte
e marcante. Cada qual com qualidades e defeitos, 36 alunos completamente diferentes um dos
outro. Uns mais extrovertidos, falantes, alegres, descontraídos, e até mesmo encrenqueiros.
Outros quietos, pensativos, pacientes. Todos únicos, insubstituíveis.

Eis o que chamo de uma turma de caráter, personalidade. Com altos e baixos. Mas que
se impõe devido à criatividade, ao carisma, ao companheirismo. Uma turma que
inexplicavelmente, cativou sorrisos, acolheu abraços e demonstrou afeto. É essa turma, que
ficará marcada na história. A turma querida, amada e em algumas situações mal interpretada.
A última turma da Escola Santa Clara, que encerra um ciclo de 88 anos de educação na cidade
de Getúlio Vargas.

Portanto, 2010 se tornarão um ano inesquecível e memorável. Os momentos vividos
ficarão na lembrança de cada um. As lágrimas, os abraços, as bagunças, a viagem da turma, a
decepção e alegria do último dia de aula. O dia em que concluímos mais uma etapa de nossas
vidas, mas que em contrapartida, nos separamos de pessoas extremamente importantes.

Caro colega, de agora em diante, cada um segue o seu caminho e traça um novo
destino todo seu. O futuro deve ser construído aqui e agora. Não desista de seus sonhos e
objetivos! Procure maneiras viáveis de torná-los possíveis. Foque neles. Almeje, procure, faça,
erre, levante, grite ao mundo a suas habilidades, os seus desejos, e a sua vontade de ser feliz!
Cresça com seus erros, solidifique suas apostas. Você sempre será capaz, e seus obstáculos,
mesmo que grandes, serão pequenos diante a você. Não desista, insista. A persistência é o
caminho do sucesso. Desejo a cada um, muito sucesso e determinação no Ensino Médio. E que
cada um possa continuar com êxito na caminhada escolar. Obrigado pelo ano maravilhoso, e
por fazerem parte e exercerem toda essa importância em minha vida!

Quero agradecer aos professores Sandra, Carla, Fabrício, Eliane, Liane,
Diego, Fabiane, Michelle, Cleonice, Lucinéia, Angelice, Jaíne e Cristiano que tornaram
esse ano especial e marcaram as nossas vidas de uma forma insubstituível. Professor, é
aquele que ensina uma ciência, arte, ou técnica. Muito mais que isso, é ele que nos ajuda
a mostrar o caminho certo a seguir. Aquele que nos trilha pelas planas linhas da vida,
tantas vezes escorregadiças e corriqueiras. Aqueles que quando deveriam ser
simplesmente professores, foram mestres, nos transmitindo seus conhecimentos e
experiências. Que quando deveriam ser mestres foram amigos, e em sua amizade nos
compreenderam e nos incentivou a seguir nosso caminho. Expressamos aqui os nossos
maiores agradecimentos e o nosso profundo respeito, que sempre serão poucos diante do
muito que foi oferecido.

De uma forma especial, gostaria de agradecer aos professores conselheiros da
turma Diego e Liane.

Professor Diego. Lembro-me exatamente da primeira vez que apareceu na
porta do colégio, quando estava na quinta série. Aquele rapaz de estilo despojado e

rapidamente e a pergunta era a mesma em qualquer corredor da escola: Aquele homem
era o nosso novo professor de história? E quem diria, que com o tempo, aquele
professor iria se tornar o parceiro da turma, o amigo para todas as horas, o conselheiro,
o professor 24 horas, que a cada aula trouxe atividades diferentes, divertidas, e que
nos acompanhou com o seu bom-humor em várias viagens de turma. Na verdade,
ele ensinou história a essa turma durante quatro anos incríveis, que só confirmou o
quanto você foi essencial nesse tempo. E como é mesmo Diego, caçar peixes e percas
elefantes? Professor Diego, Diegão para a turma, foi mais que um professor, foi
exemplo para todos. Nossos eternos agradecimentos, muito obrigado por fazer parte de
nossas vidas!

Liane, ALAPUCHA TCHE! O que falar sobre esta pessoa que nos foi
apresentada este ano, e nos importunou com seus conteúdos de física e química?
Professora severa, exigente. Na aula dela, ninguém conversa, porque a porta é serventia
da casa. E se não estudar, sentou no patê! Professora Liane, parceira até certo ponto com
ela mesmo diz. Quantos não foram os sermões e quantos nervos não se exaltaram em
algumas aulas. Mas também, quantas trapalhadas e piadas não foram contadas! Liane,
a professora dos casos e acasos. Pra tudo tem um ditado, pra tudo tem uma solução.
Ensina Química e Física, mas também cultura popular! Cuidado nas aulas dela, pra não
perder o fio da meada. Contanto, professora, ouça com esses ouvidos que a terra há
de comer, o nosso agradecimento por esse ano excelente tendo você como professora!
Muito obrigado!

Os nossos sinceros agradecimentos também para os funcionários, direção e
coordenação da Escola Santa Clara, que nos auxiliaram quando necessário, e nos
ensinaram valores indispensáveis como seres-humanos. Foi nesta escola que aprendi
a ler, escrever e dei meus primeiros passos na caminhada escolar. Conquistei amigos
e conheci professores que serão lembrados para sempre. A tristeza pelo término do
que foi a minha segunda casa por anos, se transforma em alegria quando se lembra da
história desta instituição de ensino. Escola de muitos de nossos avós, e pais, passados
de geração para geração. Obrigado Escola Santa Clara, por abrir as portas do estudo na
minha vida e de todos meus colegas!

Agradeço a todos pela atenção, e desejo um ótimo Natal e um próspero 2011.



Parabéns, Isabela!

:]

16.12.10

Gold

publicado em 15/09/2005



Eu, coruja e meu dente de ouro que nem sabia que tinha.

=]

5.12.10

O Guri Gremista

publicado em 21/07/2008


Tá certo que ele quase nasceu assim, afinal de contas, filho de pai e mãe gremistas não iria torcer muito longe do pé. Porém, ele nunca conseguiu precisar o que poderia ser chamado de o "dia da escolha". Todavia há uma data que o marcou, para o resto da vida.


O ano era 1982. Na decisão do Brasileiro contra o Flamengo de Zico, teve um empate lá e outro aqui (0×0 e 1×1. ou vice-versa). Do alto dos seus 10 anos, foi de mão com seu pai nas duas partidas no Monumental, fardado e de banderinha de vinil. Foram duas partidas aqui mesmo, até hoje ele não sabe direito porque cargas d’água teve um terceiro jogo naquele ano. O fato é que ele estava lá, na decisão, roendo unhas, vendo o Grêmio começando a moer os caras. Num descuido, um contragolpe rapidinho deles e o Nunes, provavelmente causador do primeiro "filho da puta" público da carreira do piá, faz um gol no Leão, na goleira da Carlos Barbosa. Triteza, silêncio e choro. Muito choro. O que era pra ser festa se transforma em tragédia dolorida, mesmo com o esforço do pai para tranquilizar dizendo que era só futebol. Realmente era "só futebol", nada mais do que suficiente para deixar o guri desesperado. Um tempo depois ainda sai uma lambança, lá na zona do agrião do rubro-negro, e um da dupla Adílio/Andrade raqueteia a bola de dentro do gol. O que, para agravar a situação de trauma, obviamente não é visto pelo urubu do Scoufaro. 1 x 0. Já era a Taça de Ouro.

Foi assim, depois de levar o Brasileiro de 1981 no estádio do SPFW, gol antológico do Baltazar, que ele viu o Grêmio perder em casa pro Flamengo em 1982. Sequer pensou em mudar de time, coisa que guri de 10 anos poderia fazer sem muito dano à própria imagem. Ali o sofrimento, em meio às glórias, o tingiu de tricolor.

:)

22.11.10

Cadê o guri?

publicado em 07/07/05

Pra quem não sabe, o Pampas Safari é um zoológico aqui perto, onde os bichos ficam soltos. Em São Paulo tinha o Simba Safari, variação sobre o mesmo tema. Eis que um guri pentelho chamado Daniel, eu, então com uns 10 anos, tanto encheu o saco que foi levado por seus pais para passear no tal Pampas Safari. O pai adorando a idéia e a mãe preocupada. Chegando lá, o cara da entrada nos cobra e faz as recomendações: "Mantenham a velocidade tal, não desçam do carro, mantenham as janelas 95% fechadas, não buzinem deliberadamente, bla bla bla...". E lá se vai o Fiatzinho 147 azul marinho, parque adentro. O pai se vangloriando da idéia e a mãe tensa. Não há feras no parque, somente uma bicharada mais light como camelos, lhamas, búfalos, cisnes, capivaras, flamingos, macacos e cervos. Totalmente sem graça para uma fera como Danielzinho. O pai curtindo a idéia e a mãe já relaxada com a constatação. E vai, anda por aqui, passa por ali, uma cuspida de camelo aqui, uma babada de lhama ali e o guri já querendo saber o que tinha pra comer. Nada aprovisionado no carro, falha na organização. A mãe sugere uma parada estratégica na "área de lazer" e uma visita a lanchonete. Pronto, libertaram a fera do carro. Bem alimentada e pronta para reconhecer o terreno, despista os captores e some. Agora consenso, pai e mãe preocupados. Andam de um lado para o outro atrás do filhote. Nada. Depois de uns 20 min procurando, pessoas começam a se aglomerar perto da caixa d'água que havia no local. 20m, uma minúscula escada, daquelas verticais, em forma de H, com difícil acesso aos primeiros degraus que ficavam MUITO altos. Meu pai, curioso, foi ver a bagunça e perguntou o que tava acontecendo. Alguém larga um "Tem uma criança lá em cima"... A essa altura já deu pra notar que era eu lá em cima, completamente cagado. Um por não conseguir coragem pra descer. Dois, pela cara dos meus progenitores lá embaixo. O pai tentando acalmar a mãe já desesperada. Tava alto, mas eu enxergava! Incrível como o medo nos dá olhos-de-lince. Nessa hora me senti famoso, tinha umas 50 pessoas na platéia. O pai subindo a escada e a mãe não sabendo se chora ou prepara a sova. Tudo acabou bem, desci com meu pai me protegendo enquanto tentava explicar como subi. Não me lembro se apanhei, acho que não. Mas também não me lembro de voltar no Pampas Safari...

=]

3.11.10

Cheirodiversidade



publicado em 20/04/05

É incrível a variedade de odores disponíveis na faixa de 5km da avenida Edvaldo Pereira Paiva, vulga Beira-Rio, entre 18h30 e 19h30. Saindo do Gasômetro, os primeiros 50m têm um cheiro de marofa característico dos admiradores-do-por-do-sol de plantão. Mais adiante, ao longo do primeiro km, é um mix de perfumes. Incrível, mas tem gente que se maquia e se perfuma pra ir correr ou caminhar. Na ponte do dilúvio, aquele coquetel de dejetos que passa embaixo exala um fedor horroroso. Ainda bem que a transição é rápida. Passando pela pista de skate, dependendo do vento, mais marofa. Seguindo em frente, um trecho meio inodoro até o Parque Gigante. Ali, a churrascaria Montana é uma provação. Um dia entro pra provar a picanha das 18h50, que deve ser suculenta e mal-passada. Logo adiante, o estômago quase vira e o apetite some. Animais em estado avançado de putrefação nos arbustos dão sentido a expressão: no pain, no gain! Lá no final, a Borreghard (atual Riocell) de vez em quando dá o ar da graça com aquele cheirinho característico. Na volta, inverte tudo, mas aí a rinite já tá funcionando e o olfato já não é mais o mesmo.


=]

22.10.10

Vale a pena ler de novo

Como vocês 10, meus fiéis leitores, puderam notar, há um certo tempo não escrevo aqui. Não sei ao certo o porquê, talvez o twitter tenha facilitado um pouco as coisas, deixando meu lado preguiçoso tomar conta do campinho. Há 20 dias minha mulher me fez uma grata surpresa: sorrateiramente colocou um texto meu, talvez o melhor deles, na nossa celebração de casamento. Resolvi então republicar uma seleção dos que acho melhores, começando por este:

3.12.05

Dia Lindo, Céu Azul

No sol, 12h19 de hoje, 28 graus, aos 57 minutos de corrida, eu ia em direção a um bebedouro no parque. Três guriazinhas se divertiam em uma pequena fila pra tomar água, sob os olhos de uma senhora que acompanhava e vigiava o trio bagunceiro. Diminuí o passo e entrei no último lugar da fila, um pouco ofegante e coberto de suor. Nesse momento, a última menininha da fila, que tinha Síndrome de Down, vira pra mim sorrindo e diz: "Pode passar titio, o senhor tá mais cansado!". Passei e bebi, segurando o choro. Me abaixei, dei um beijo nela, agradeci e segui o meu trajeto. Nada contra o Dr. John Langdon Down, mas o nome dessa doença deveria ser Síndrome de Up...


:)

22.7.10

Grêmio 1 x 1 Vasco


Grêmio apostando todas suas fichas no pólo aquático


Incrível como podem autorizar um jogo de futebol no charco como o de ontem, que coincidentemente tava na programação da TV. Brincadeira.

:/

13.5.10

Grêmio 4 x 3 Santos

Depois de um jogaço desses, impossível não postar aqui.
AEstado
Borges procurando suas lentes de contato

Depois de alguns dias de espectativa e ansiedade das duas equipes, esperando pra ver se o Anão Dunga iria desfalcar alguns dos escretes com a convocação, o jogo começo pegado. Um lá-e-cá lancinante começava a tomar forma, até que o Santos meteu o primeiro gol. Logo saindo o segundo e a torcida gremista já dava sinais de que temia pelo desandar da maiones enquanto os secadores de plantão abusavam da flauta. Ao final da primeira etapa, o tricolor ainda deu um calor, mas parou na mão do goleiro Felipe. E nos pés de Jonas, que bateu o pênalti como quem chuta uma abóbora de pescoço. Fim do primeiro ato. O velho Silas deve ter dado uma de Capitão Nascimento e aplicado umas chapuletadas no elenco durante o intervalo. Mal o segundo tempo tinha começado e o Grêmio já fungava no cangote santista, que dava o troco sempre que podia. Aos 12 Borges começa a derrubar a casa alvinegra. 2 x 1. Daí pra frente foi só alegria, faceirisse e preparo físico. Paulo Paixão foi o nome do jogo. Quanto mais o Grêmio corria, mais o Santos cansava. Borges fez mais um, Jonas meteu uma bucha e a pá de cal veio com Borges de novo. 4 x 2. No final do jogo, Robinho ainda fez outro golaço, mas não dava tempo pra mais nada. 4 x 3, de virada, magnífico, excelente.

Só tenho uma coisa pra dizer: A Vila vai FUMAR!

:]

7.4.10

Pequeninos



Quando eu crescer quero ser assim.

:)

17.3.10

St Patrick's

Our lager
Which art in barrels
Hallowed be thy drink
Thy will be drunk (I will be drunk)
At home as if in tavern
Give us this day our foamy head
And forgive us our spillages
As we forgive those who spill against us
And lead us not to incarceration
But deliver us from hangovers
For thine is the beer, the bitter, the lager
For ever and ever...

Barmen

:D

1.3.10

O Curling tá no papo

 

Depois da Jamaica, no bobsled, em 1988, o Brasil se prepara para conquistar mais um caneco. Rússia 2014 é logo ali!

;]

25.2.10

Hiperatividade na estrada


(11:16:57) Amigo: É foda dirigir e teclar
(11:17:03) Eu: então pára
(11:17:10) Eu: daqui a pouco dá com as guampa num caminhão
(11:17:15) Eu: ou cai no perau
(11:17:22) Amigo: De teclar?
(11:17:42) Filipon: claro né LORPA. se tu parar de dirigir vai morrer...
(11:17:54) Filipon: se parar o carro não chega nunca
(11:18:16) Amigo: Ah é...


Eu mereço.

:)

5.2.10

Corrida Maluca




Esse cara sorridente aí é meu primo, Marcelo. Quando não tem coisa melhor pra fazer vem aqui comentar as bobagens que eu escrevo. Premo, para nossos 10 íntimos habituais leitores. Antigamente ele era meu co-piloto, num Fiat 147 que eu pilotava loucamente sem habilitação. Nossa maior façanha foi um cavalo-de-pau [180 graus, perfeito] na frente do cemitério de Getúlio Vargas, em 1988. Além de audacioso, eu como piloto eu era sensato. Nesse caso, se algo desse errado na manobra, era só arredar os corpos uns 30m e enterrar. Em segundo lugar, na saída de uma festa em Erechim, tinha uma viatura da polícia do lado do carro. A saída foi pedir para um maior de idade manobrar o carro e nos entregar uns dois quarteirões depois. A terceira, já pilotando um Kadett, na estrada voltando de Passo Fundo, o carro quase foi atravessado por uma ave transtornada, que veio voando do acostamento na nossa direção. Até hoje eu juro que o bicho passou de uma janela a outra do carro. Ele nega, mas não sabe explicar o que aconteceu, nem se o bicho era um Pato, Ganso, Flamingo, Urubu, Avestruz... Com o fim dessas peripécias todas, ele resolveu encarar o troço com mais seriedade. Já eu dei uma de Pelé e me aposentei no auge. Pois vocês bem sabem: depois que tiramos a carteira de habilitação, tudo perde a graça. É que nem filme pornô, depois que se faz 18, não dá mais vontade de assistir.

:)

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