Bits, Futebol & Chimarrão

Lotação: 6 leitores em pé e 4 sentados


31.5.13

O pedido


          Após decidirmos nos casar, decidimos também sobre as alianças. Depois de procurar em vários lugares, optamos por comprar em NY, pelo charme e pela metade do preço. Como seria complicado acertar em cheio o tamanho do dedo da Débora, sugeri irmos juntos até a joalheria, experimentar e comprar. Bem prático, não? Muito prático pra quem não quer surpreender a futura mulher com um pedido, como por exemplo, eu. Na primeira ida a loja o primeiro problema, minha aliança ficou apertada. Prontamente a vendedora, muito atenciosa, que nos atendeu mandou vir de outro lugar uma maior. Só que nessa manobra eu perdi dois dias preciosos e a primeira boa oportunidade: o edifício Empire State. Passados os dias, alianças compradas, sorriso no rosto, caminhando pela 5a avenida, tudo perfeito. Não fosse minha mente maquinando 24h por dia como diabos eu faria pra fazer a surpresa, claro. Dias antes havíamos passeado no Central Park, onde existe um lago com barcos a remo, local muito propício para esse tipo de surpresa, já vem praticamente com o romantismo e o choro incluídos. Mas, ficaria muito na cara, depois de ter as alianças na mão, chegar pra namorada e dizer: "vamos ali no Central Park dar uma volta de barquinho?". O tempo passava e minha ansiedade aumentava. Tinha a saída de reservar um bom restaurante e agir um pouco antes da sobremesa. Mas esse era o plano B, caso tudo mais falhasse. Para dificultar mais ainda, o hotel tinha um cofre no quarto, onde hospedamos as alianças com segurança e conforto, numa caixinha bonitinha com um lacinho daqueles bem desgraçados de fazer igual. E claro que a Débora conferiria diariamente se elas estavam lá. Eu precisava esperar um momento a sós com elas pra desmontar a embalagem, pegar as alianças, remontar tudo e colocar no mesmo lugar. Durante um banho dela, consegui. Me superei e refiz os dois laços, com alta dose de motricidade fina. Ficou igual, acima da qualquer suspeita. Dali pra frente passei a andar com as alianças no bolso, esperando a melhor oportunidade de cumprir o protocolo. Passei um dia inteiro, colocando a mão no bolso de 5 em 5 minutos pra conferir, tentando disfarçar e suando frio. Se eu perdesse uma delas, provavelmente a primeira crise da relação se instalaria. As duas então, homicídio certo. Pra piorar mais ainda minha situação, como o dedo dela é bem mais delicado que o meu, uma aliança é menor que a outra, praticamente cabem uma dentro da outra. Dá pra imaginar meu pânico a cada checagem que eu fazia e parecia ter apenas uma no bolso? É amigo, tava complicada a coisa. Passeamos, comemos, visitamos lojas, entramos em um museu e eu seguia, de 5 em 5 minutos metendo a mão no bolso e suando frio. No outro dia, a sorte virou. Débora seguir um roteiro que passava bem perto do parque. Em certo momento, saímos de uma loja e ela me convida para dar uma caminhada na calçada do parque, do outro lado da rua. "Agora vai!", exclamei comigo mesmo. Um instante de hesitação meu enquanto atravessava a rua: avistei  umas carruagens daquelas onde o casal pode dar uma volta no Central Park. E agora? Carruagem ou barquinho? Optei pelo barquinho, onde tudo dependeria de mim, inclusive a remada. Propus então uma embrenhada no parque, "vamos por aqui, é mais legal...". Assim fui atraindo ela para perto do lago, como quem não quer nada. Quando ela viu, me convidou logo para uma volta. Quase me entrego, aceitando com uma certa euforia não muito peculiar. O lago é pequeno, facilitou meu trabalho, fui remando e procurando um lugar tranquilo, sem muitas testemunhas. Achei depois de alguns minutos, perto de uma ponte, o cantinho perfeito. Parei perto de uma ilhazinha, com a desculpa de ver uma tartaruga tomando sol. Nervoso, pois estava a tempo demais com as duas mãos nos remos e sem poder verificar o bolso, fui logo preparando terreno. Pedi pra ela fechar os olhos, pois não teria como disfarçar e sacar o par de alianças em segurança de dentro do bolso. Peguei, segurei a mão e pedi, com todo o amor que sentia por ela. Ela aceitou, ainda bem! Ficamos ali curtindo e sendo felizes pra sempre. Segundos depois, ouvimos duas mulheres comentando o que havia acontecido, da ponte, se derramando em lágrimas. Sempre ouvi que os americanos valorizavam esse momento, mas não sabia que era tanto assim. O cara que estava com elas me elogiou e desejou parabéns, o que só me deu mais certeza do que eu estava fazendo. Fiquei bem orgulhoso de mim e do meu amor pela Débora.

18.4.13

Lembrei

... que um dia costumava postar aqui. :)

10.10.11

Finalmente

Quem me conhece sabe, adoro esportes. Qualquer um me interessa, de cuspe a distância até as duas paixões que divido: basquete e futebol. Esta foi minha terceira visita aos Estados Unidos, na minha opinião um dos melhores países para se assistir uma partida ou competição de qualquer esporte. Nas duas primeiras acabei, por falta de oportunidade, azar ou prioridades, não assistindo nenhuma. Depois de alguns emails trocados com o Gordo e a Camila* [http://eulivreleve.blogspot.com], alguns meses antes de viajar, as datas coincidiram e dessa vez deu certo. Foram 3 jogos ao todo, hockey, futebol americano e beisebol.

A compra de ingressos é feita online mesmo, bem fácil, basta ir aos sites dos times que logo se acha o link para adquirir. A dica que eu falei ali em cima é o http://www.stubhub.com, um site onde quem comprou ingressos para a temporada toda, e não pode ir a um jogo em especial, disponibiliza por um preço mais barato. Conseguimos ótimos lugares para assistir Seattle Marines contra os Oakland Athletics, no Safeco Field,  comprando nele, tudo online como de costume. E garantido. Os outros dois ingressos, Seattle Thunderbirds x Portland Winterhawks, no ShoWare Center, pela liga júnior de hockey e Seattle Mariners x Arizona Cardinals pela NFL na Century Link Arena, foram comprados diretamente pelo site credenciado deles. Em todos, nenhum problema com a compra e uso das entradas.

Em todos os três eventos, a organização foi sempre impecável. O primeiro jogo foi de hockey, numa cidade pequena chamada Kent, perto de Seattle. Chegamos com uma certa antecedência, cerca de 1h antes do jogo, mas para tomar umas cervejas antes de entrar no estádio. Se tem uma coisa que é cara nos EUA é a alimentação dentro dos estádios. Em alguns casos, beira o triplo do preço normal de bares e restaurantes locais. Este talvez seja o único "contra" desse tipo de programa que eu pude notar. Em uma caminhada pelos arredores do estádio à procura do bar já se pode notar a organização. As ruas estão desviadas e bem sinalizadas para o evento. Há estacionamento farto e pessoas orientando quem chega. No caso dos jogos maiores, quem orienta é a polícia. Na chegada ao estádio, de carro ou transporte público, fica bem fácil saber todo o caminho a percorrer até sentar no lugar marcado. Sim, em todos os jogos que fomos os lugares eram marcados. E não há grandes barreiras entre os diferentes setores [e preços] do estádio. Todos circulam por uma grande área comum, escadas e elevadores, de acordo com o lugar que precisam acessar. As grandes marcas de alimentos e bebidas, alcoólicas inclusive, estão presentes. Existem verdadeiras praças de alimentação nos estádios, localizadas nessa área que todos podem acessar sem problemas. Só notei controle dos fiscais no jogo de baseball, onde vários funcionários conferiam, aleatoriamente, se as pessoas estavam mesmo sentadas na cadeira que tinham comprado. Mesmo o jogo de hockey sendo de uma liga júnior e o estádio com capacidade menor, proporcionalmente, a organização era a mesma e o serviço dentro dele idem. No jogo de beisebol, tivemos um problema com os ingressos. Fomos prontamente atendidos por uma funcionária que nos acompanhou até o atendimento ao cliente, que rapidamente solucionou-o. Circulando pelo estádio logo se nota que a acessibilidade é uma preocupação. Tanto pra quem chega de cadeira de rodas ou com carrinhos de bebê, existem rampas e elevadores para facilitar a entrada. Sim, eles levam bebês para o estádio, tamanho o conforto e tranquilidade para assistir os jogos. Essa tranquilidade não dura muito tempo depois que o jogo começa, pois o sistema de som também está presente em todos os estádios, sempre agitando a torcida local. Durante os pedidos de tempo e intervalos, várias promoções e brincadeiras são feitas com a platéia. No jogo dos Seahawks uma guria ganhou 1 ano de coca zero grátis no estádio, no jogo de hockey foi sorteado um carro, entre outras tantas promoções que fizeram. Antes do jogo, sempre executam o hino nacional americano, sem a frescura que temos aqui de interpretação. Lá vale tudo, mudar o ritmo, guitarras, a capela, sem um pingo de desrespeito à Star and Stripes, apelido da bandeira americana.

Hockey - um jogo ágil, que prende a atenção de quem assiste praticamente o tempo todo. O puck [disco equivalente a bola no futebol] não sai nunca, o jogo só para por falta ou tempo. Naturalmente violento, há choques constantes e muito corpo a corpo. Apesar de receberem punição, é permitido aos jogadores brigarem. O juiz observa e a torcida vibra até que um dois "lutadores" caia no chão. Nesse momento são separados e cumprem 2 minutos de suspensão. Em uma das 5 brigas que aconteceram, o sistema de som do estádio tocou Eye of the Tiger, do Survivor, mais conhecida como tema de Rocky. Em contrapartida, todo mundo bebe álcool e não se vê nenhum sinal de violência na torcida, mesmo os torcedores da casa estando sentados lado a lado com os visitantes.




Futebol Americano - semelhante ao hockey no quesito agilidade e vigor. Dois times de 11 jogadores precisam conquistar preciosos metros do campo [medidos em jardas] até chegarem no final dele, onde se marca pontos. Há possibilidade de chutar também, embora o valor de pontos por "gol" seja menor do que se chegar com a bola no final do campo. Apesar da torcida da casa ser bem maior, como no hockey, todos sentam e assistem a partida juntos, sem nenhum tumulto. Mesmo com algumas flautinhas, tudo é levado na esportiva. E com respeito. Testemunhamos um torcedor dos Seahawks cumprimentar dois torcedores dos Cardinals, sentados atrás dele, pelo touchdown do time deles. Fair play maravilhoso pra quem gosta de esporte.



Beisebol - Não vá assistir um jogo desse esporte esperando emoção. Talvez por estar acostumado com futebol e basquete, onde a adrenalina corre mais solta, esta tenha sido a minha primeira impressão. Obviamente a torcida vibra com as rebatidas e corridas, mas se levar em consideração as 3h30 que dura um jogo desses, o transcorrer é bem mais calmo, beirando à monotonia em alguns momentos. Mesmo assim, eu e o Gordo gostamos do que vimos. Mesmo não sendo fã, vale, no mínimo, pela experiência.


Realmente foi uma experiência muito legal, recomendo muito. Mesmo para quem não é tão fã de esportes, vale a pena só pela pilha. Na próxima, a NBA não me escapa!


Saudações e até a volta.

*Graças a Camila, resolvi escrever mais que 140 caracteres de novo

5.2.11

O Guri, o Tema e a Surra

publicado em 27/08/2005

Nunca fui muito fã de estudar. Aliás, continuo não sendo. Numa manhã de 1983, a professora Maria José (vou ter que fazer um post sobre ela, uma lenda do Colégio Farroupilha) de matemática, 6ª série, passou exercícios para serem feitos em casa. Obviamente eu não era chegado a fazer o tema, independente da matéria. E pra complicar, naquele dia tinha jogo no campinho. Na real todos os dias tinha, mas um pretexto sempre nos ajuda a cometer a infração. Cheguei do colégio, almocei e fui ver um pouco de TV (estudos constatam que estudar logo após as refeições faz mal). Logicamente, o pouco virou muito e, quando me dei conta, tava quase na hora de fardar e ir pro campo. O "estádio" ficava espremido entre dois muros, um do meu prédio e outro do vizinho, fazendo com que não existisse linha lateral. Tabelinha com a parede era perfeitamente normal, só tinha tiro-de-meta e escanteio. Arremesso lateral só se alguém mandasse por cima dessas paredes de 3m. Construído pelo nosso zelador, o Seu Oliveira, que assim controlava nossos hormônios adolescentes. Mantinha a gurizada longe do perímetro do edifício, diminuindo assim a preocupação dele e, claro, os danos ao patrimônio do condomínio. Rolou a peladinha, como de costume. Depois do jogo sempre tinha uma sessão de comentários. Da jogada mais bonita à mais tosca, da "ponte" ao "frango". Assim acabou também aquela tarde. Hora de subir, tomar banho e jantar. Mas não sem antes esconder os livros de matemática que continham o odiado tema. Botei o NAME e o FTD (a Maria José chamava os livros pelo nome, das editoras) embaixo do meu calceiro. Em algum momento entre o banho e o jantar, meu pai chegou em casa. Sem muitos rodeios, foi direto ao assunto: "Fez o tema Daniel?". O sorriso pela tarde futebolística sumiu, as mãos suaram e a cabeça ficou a mil tentando achar uma desculpa. Em segundos veio a tradicional, "não tinha tema hoje pai". Não colou. Meu pai nunca foi do tipo bravo, mas naquele dia em especial ele tava. Talvez pela minha reincidência no assunto ou problemas no trabalho dele. Em segundos ele achou os livros, constatando que eu não tinha feito o que deveria fazer. A casa caiu. Só vi quando ele pegou uma espada de plástico, imitação da Excalibur, grande, bradou alguma coisa e desceu a lenha. Apanhei que deu gosto. Pior, com minha própria arma. No outro dia, eu ostentava alguns vergões nas pernas. Até recusei o convite pra jogar, alegando que o departamento médico não tinha me liberado para a partida. Esse deve ter o último tema que deixei de fazer e um dos motivos de ter errado apenas duas questões de matemática no vestibular anos depois.

=]

17.1.11

O Milagre Tricolor

publicado em 14/06/2007

(colaboração Márcio Neves)

Grêmio x Boca Juniors, minuto a minuto.

21h05 - Torcida do Grêmio encurrala 12 ônibus do Boca na entrada de Porto Alegre. Polícia Militar fornece armamento e munição. Nenhum Xeneize consegue sair vivo da tocaia.
21h30 - Jonas Greb é enforcado no Largo dos Campeões
21h33 - 95 mil pessoas no Olímpico, os gritos da massa são ouvidos no Lami.
21h41 - Palermo torce o tornozelo no aquecimento e fica fora do jogo

Começa a partida - Carlos Eduardo rola pra Tuta que bate do meio do campo. O arqueiro castelhano adiantado só olha bola bater no travessão.
4' - Diego é derrubado no bico da área. Tcheco bate a falta e o goleiro faz milagrosa defesa de mão trocada.
5' - Lucio cobra o escanteio e quase marca um gol olímpico por trás da goleira.
7' - Diego puxa o calção do marcador, recebe de Carlos Eduardo e chuta forte. Bola bate nas duas traves e sai.
9' - Gavillan faz tabelinha com Lucas e bate bem no meio do peito do goleiro. Diaz afasta o perigo.
10' - Boca passa para o campo adversário pela primeira vez com a bola dominada.
17' - Torcedor colorado infiltrado é descoberto com a coroa do Burger King. Os próprios Barra-Bravas executam o linchamento.
19' - Escanteio para o Boca. Bola alta no segundo pau, Patrício mete a cabeça mas não consegue marcar.
24' - Lucio faz boa jogada e cruza, como sempre, atrás do gol. Carlos Eduardo de carrinho busca e toca pra Tuta abrir o placar. Jogadores do Boca reclamam com o juiz que valida o gol dizendo que é fã de hockey.
27' - Tcheco domina e ganha na velocidade de Ibarra. Se assusta mais que a torcida com o seu próprio pique, errando um gol feito.
31' - Falcão é lembrado mais uma vez da Libertadores de 1980.
35' - Arnaldo César Coelho repete pela 34.509ª vez que a regra é clara ao comentar uma falta.
39' - Carlos Eduardo desarma Cardozo na intermediária do Grêmio, avança com a bola, dribla 10 jogadores, o goleiro e toca pro gol. 2 x 0 e a torcida ovaciona o guri.
43' - Riquelme cobra falta, defesa não sobe, Saja não sai e Patrício tenta de voleio. O poste salva o Grêmio de mais um gol-contra feito.
45' - fim do primeiro tempo.
Recomeça a partida - Boca retorna com um a menos. Banega fica no vestiário com desarranjo intestinal e reservas recusam-se a entrar com medo da torcida frenética.
50' - Palacio recebe lançamento perfeito e dribla Gavillan. Teco antecipa, rouba a bola e ainda arranca a trancinha gay do argentino.
53' - Torcida vaia Patrício a cada toque na bola.
54' - Patrício dá uma janelinha no marcador e chuta de trivela da intermediária. Bola faz uma curva e acorda a coruja do lado esquerdo de Caranta. 3 x 0. Patrício lamenta, o resto comemora. O estádio inteiro grita o nome dele.
66' - Patrício dá o troco. Em triangulação rápida, Riquelme toca pra Palacio que rola pra Dante Ramon Ledesma desviar de Saja. Bola quase sai, mas o lateral gremista consegue afastar pra dentro do gol. 3 x 1.
67' - Mano chora e Paulo Odone enfarta.
70' - Tcheco busca bola perdida na linha de fundo, dribla 2 e é derrubado na área. Pênalti. Saja cobra e marca o quarto.
77' - Torcida gremista grita "Ê Ê Ê, Patrício vai morrê", incansavelmente.
85' - Riquelme dribla a zaga gremista toda e fica na cara do gol. No momento do chute, Patrício de carrinho afasta o adversário do futebol. Fratura exposta no fêmur. Juiz ameaça expulsar, fica com medo de levar uma peitada do gremista e apresenta só o cartão amarelo.
86' - Carro-maca em campo, Riquelme é retirado com muita dor. Na saída, o veículo capota e derruba ele no fosso, quebrando a outra perna. Sandro Goiano, o motorista, acusa torcida adversária de atrapalhar sua pilotagem com um sinalizador e dá risada.
88' - Mano finalmente se dá conta e tira Patrício, que sai aplaudido pelas duas torcidas. Entra Jucemar.
90' - Juiz apita, termina o tempo regulamentar.
Começa a prorrogação
2' - Galvão Bueno repete que banana tem cálcio explicando porque os jogadores comeram a fruta no intervalo.
5' - Nada acontece.
9' - Substituição, Nunes entra no lugar de Gavillan que sente o cansaço.
10' - Começa a chover
12' - Saja sai do gol e segura firme o cruzamento alto de Palacio. A chuva pára depois disso.
13' - No banco Schiavi, com os dedos em carne-viva, pede as unhas de Pereira para roer.
14' - Nunes se apresenta como elemento-surpresa, recebe de Tcheco, dá um chapéu em Rodríguez, toca no meio das canetas do outro Rodríguez e enche o pé no canto direito do goleiro. Golaço.
15' - Os times trocam de lado e o jogo recomeça
18' - Acaba a cerveja no estádio e a Alma Castelhana começa a beber gasolina da ambulância.
20' - Cruzamento da esquerda, Jucemar tenta cortar e consegue o que Patrício vinha tentando há 4 jogos. Acerta o próprio gol na primeira tentativa. 5 x 2. Sim, ele consegue ser efetivamente pior que o titular.
26' - Escanteio, Mano manda todo mundo pra área, inclusive Saja e dois gandulas.
27' - Tcheco cruza no primeiro pau, pra variar. Dias desvia, a bola sobe passa por todo mundo e quase escapa de Nunes, que manda pro gol de bicicleta. 6 x 2.
28' - Maradona enfarta no camarote.
29' - Cacalo invade o campo pelado.
30' - Kenny Braga anuncia que vai torcer pro Grêmio depois desse jogo.
32' - Juiz encerra. A torcida invade o campo, mas ninguém tenta roubar nada de ninguém.

Grêmio Campeão da Libertadores 2007

O pior é que eu AINDA acredito.

:P

21.12.10

Isabela

É minha prima, tem 13 anos e acaba de se formar no ensino fundamental. Oradora da turma, escreveu essa beleza aqui:

Boa noite a todos os presentes.

Quero agradecer à turma pela confiança depositada em mim para proferir algumas
palavras neste dia especial da nossa formatura no ensino fundamental. Também estendo o
agradecimento a todos vocês que vieram prestigiar este evento importante de nossa vida.

Inicialmente, cito uma poesia de Vinícius de Morais denominada Saudade, que diz:


A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes

novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... Nos reuniremos para um último
adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai
para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no
tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e
que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... Mas
enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos
sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de
finais de ano, enfim... Do companheirismo vivido...

Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a
sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... Conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... Meses... Anos...
Até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas?
Diremos que eram nossos amigos. E... Isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles
que vivi os melhores anos de minha vida!

Nesta poesia, Vinícius de Moraes, define o que é a saudade e a importância dos amigos
em nossa vida, que se encaixa perfeitamente na turma da oitava serie 2010.

Esta não foi uma turma qualquer, com meros desconhecidos estudando lado a lado. É o
que se pode denominar “irmandade”, que significa fraternidade,um ato de conviver juntos e
em paz. Mesmo assim não tão em paz, pois beiramos algumas discussões e polêmicas em sala
de aula. Isso porque cada um é completamente diferente do outro e possui pensamento forte
e marcante. Cada qual com qualidades e defeitos, 36 alunos completamente diferentes um dos
outro. Uns mais extrovertidos, falantes, alegres, descontraídos, e até mesmo encrenqueiros.
Outros quietos, pensativos, pacientes. Todos únicos, insubstituíveis.

Eis o que chamo de uma turma de caráter, personalidade. Com altos e baixos. Mas que
se impõe devido à criatividade, ao carisma, ao companheirismo. Uma turma que
inexplicavelmente, cativou sorrisos, acolheu abraços e demonstrou afeto. É essa turma, que
ficará marcada na história. A turma querida, amada e em algumas situações mal interpretada.
A última turma da Escola Santa Clara, que encerra um ciclo de 88 anos de educação na cidade
de Getúlio Vargas.

Portanto, 2010 se tornarão um ano inesquecível e memorável. Os momentos vividos
ficarão na lembrança de cada um. As lágrimas, os abraços, as bagunças, a viagem da turma, a
decepção e alegria do último dia de aula. O dia em que concluímos mais uma etapa de nossas
vidas, mas que em contrapartida, nos separamos de pessoas extremamente importantes.

Caro colega, de agora em diante, cada um segue o seu caminho e traça um novo
destino todo seu. O futuro deve ser construído aqui e agora. Não desista de seus sonhos e
objetivos! Procure maneiras viáveis de torná-los possíveis. Foque neles. Almeje, procure, faça,
erre, levante, grite ao mundo a suas habilidades, os seus desejos, e a sua vontade de ser feliz!
Cresça com seus erros, solidifique suas apostas. Você sempre será capaz, e seus obstáculos,
mesmo que grandes, serão pequenos diante a você. Não desista, insista. A persistência é o
caminho do sucesso. Desejo a cada um, muito sucesso e determinação no Ensino Médio. E que
cada um possa continuar com êxito na caminhada escolar. Obrigado pelo ano maravilhoso, e
por fazerem parte e exercerem toda essa importância em minha vida!

Quero agradecer aos professores Sandra, Carla, Fabrício, Eliane, Liane,
Diego, Fabiane, Michelle, Cleonice, Lucinéia, Angelice, Jaíne e Cristiano que tornaram
esse ano especial e marcaram as nossas vidas de uma forma insubstituível. Professor, é
aquele que ensina uma ciência, arte, ou técnica. Muito mais que isso, é ele que nos ajuda
a mostrar o caminho certo a seguir. Aquele que nos trilha pelas planas linhas da vida,
tantas vezes escorregadiças e corriqueiras. Aqueles que quando deveriam ser
simplesmente professores, foram mestres, nos transmitindo seus conhecimentos e
experiências. Que quando deveriam ser mestres foram amigos, e em sua amizade nos
compreenderam e nos incentivou a seguir nosso caminho. Expressamos aqui os nossos
maiores agradecimentos e o nosso profundo respeito, que sempre serão poucos diante do
muito que foi oferecido.

De uma forma especial, gostaria de agradecer aos professores conselheiros da
turma Diego e Liane.

Professor Diego. Lembro-me exatamente da primeira vez que apareceu na
porta do colégio, quando estava na quinta série. Aquele rapaz de estilo despojado e

rapidamente e a pergunta era a mesma em qualquer corredor da escola: Aquele homem
era o nosso novo professor de história? E quem diria, que com o tempo, aquele
professor iria se tornar o parceiro da turma, o amigo para todas as horas, o conselheiro,
o professor 24 horas, que a cada aula trouxe atividades diferentes, divertidas, e que
nos acompanhou com o seu bom-humor em várias viagens de turma. Na verdade,
ele ensinou história a essa turma durante quatro anos incríveis, que só confirmou o
quanto você foi essencial nesse tempo. E como é mesmo Diego, caçar peixes e percas
elefantes? Professor Diego, Diegão para a turma, foi mais que um professor, foi
exemplo para todos. Nossos eternos agradecimentos, muito obrigado por fazer parte de
nossas vidas!

Liane, ALAPUCHA TCHE! O que falar sobre esta pessoa que nos foi
apresentada este ano, e nos importunou com seus conteúdos de física e química?
Professora severa, exigente. Na aula dela, ninguém conversa, porque a porta é serventia
da casa. E se não estudar, sentou no patê! Professora Liane, parceira até certo ponto com
ela mesmo diz. Quantos não foram os sermões e quantos nervos não se exaltaram em
algumas aulas. Mas também, quantas trapalhadas e piadas não foram contadas! Liane,
a professora dos casos e acasos. Pra tudo tem um ditado, pra tudo tem uma solução.
Ensina Química e Física, mas também cultura popular! Cuidado nas aulas dela, pra não
perder o fio da meada. Contanto, professora, ouça com esses ouvidos que a terra há
de comer, o nosso agradecimento por esse ano excelente tendo você como professora!
Muito obrigado!

Os nossos sinceros agradecimentos também para os funcionários, direção e
coordenação da Escola Santa Clara, que nos auxiliaram quando necessário, e nos
ensinaram valores indispensáveis como seres-humanos. Foi nesta escola que aprendi
a ler, escrever e dei meus primeiros passos na caminhada escolar. Conquistei amigos
e conheci professores que serão lembrados para sempre. A tristeza pelo término do
que foi a minha segunda casa por anos, se transforma em alegria quando se lembra da
história desta instituição de ensino. Escola de muitos de nossos avós, e pais, passados
de geração para geração. Obrigado Escola Santa Clara, por abrir as portas do estudo na
minha vida e de todos meus colegas!

Agradeço a todos pela atenção, e desejo um ótimo Natal e um próspero 2011.



Parabéns, Isabela!

:]

16.12.10

Gold

publicado em 15/09/2005



Eu, coruja e meu dente de ouro que nem sabia que tinha.

=]

5.12.10

O Guri Gremista

publicado em 21/07/2008


Tá certo que ele quase nasceu assim, afinal de contas, filho de pai e mãe gremistas não iria torcer muito longe do pé. Porém, ele nunca conseguiu precisar o que poderia ser chamado de o "dia da escolha". Todavia há uma data que o marcou, para o resto da vida.


O ano era 1982. Na decisão do Brasileiro contra o Flamengo de Zico, teve um empate lá e outro aqui (0×0 e 1×1. ou vice-versa). Do alto dos seus 10 anos, foi de mão com seu pai nas duas partidas no Monumental, fardado e de banderinha de vinil. Foram duas partidas aqui mesmo, até hoje ele não sabe direito porque cargas d’água teve um terceiro jogo naquele ano. O fato é que ele estava lá, na decisão, roendo unhas, vendo o Grêmio começando a moer os caras. Num descuido, um contragolpe rapidinho deles e o Nunes, provavelmente causador do primeiro "filho da puta" público da carreira do piá, faz um gol no Leão, na goleira da Carlos Barbosa. Triteza, silêncio e choro. Muito choro. O que era pra ser festa se transforma em tragédia dolorida, mesmo com o esforço do pai para tranquilizar dizendo que era só futebol. Realmente era "só futebol", nada mais do que suficiente para deixar o guri desesperado. Um tempo depois ainda sai uma lambança, lá na zona do agrião do rubro-negro, e um da dupla Adílio/Andrade raqueteia a bola de dentro do gol. O que, para agravar a situação de trauma, obviamente não é visto pelo urubu do Scoufaro. 1 x 0. Já era a Taça de Ouro.

Foi assim, depois de levar o Brasileiro de 1981 no estádio do SPFW, gol antológico do Baltazar, que ele viu o Grêmio perder em casa pro Flamengo em 1982. Sequer pensou em mudar de time, coisa que guri de 10 anos poderia fazer sem muito dano à própria imagem. Ali o sofrimento, em meio às glórias, o tingiu de tricolor.

:)

22.11.10

Cadê o guri?

publicado em 07/07/05

Pra quem não sabe, o Pampas Safari é um zoológico aqui perto, onde os bichos ficam soltos. Em São Paulo tinha o Simba Safari, variação sobre o mesmo tema. Eis que um guri pentelho chamado Daniel, eu, então com uns 10 anos, tanto encheu o saco que foi levado por seus pais para passear no tal Pampas Safari. O pai adorando a idéia e a mãe preocupada. Chegando lá, o cara da entrada nos cobra e faz as recomendações: "Mantenham a velocidade tal, não desçam do carro, mantenham as janelas 95% fechadas, não buzinem deliberadamente, bla bla bla...". E lá se vai o Fiatzinho 147 azul marinho, parque adentro. O pai se vangloriando da idéia e a mãe tensa. Não há feras no parque, somente uma bicharada mais light como camelos, lhamas, búfalos, cisnes, capivaras, flamingos, macacos e cervos. Totalmente sem graça para uma fera como Danielzinho. O pai curtindo a idéia e a mãe já relaxada com a constatação. E vai, anda por aqui, passa por ali, uma cuspida de camelo aqui, uma babada de lhama ali e o guri já querendo saber o que tinha pra comer. Nada aprovisionado no carro, falha na organização. A mãe sugere uma parada estratégica na "área de lazer" e uma visita a lanchonete. Pronto, libertaram a fera do carro. Bem alimentada e pronta para reconhecer o terreno, despista os captores e some. Agora consenso, pai e mãe preocupados. Andam de um lado para o outro atrás do filhote. Nada. Depois de uns 20 min procurando, pessoas começam a se aglomerar perto da caixa d'água que havia no local. 20m, uma minúscula escada, daquelas verticais, em forma de H, com difícil acesso aos primeiros degraus que ficavam MUITO altos. Meu pai, curioso, foi ver a bagunça e perguntou o que tava acontecendo. Alguém larga um "Tem uma criança lá em cima"... A essa altura já deu pra notar que era eu lá em cima, completamente cagado. Um por não conseguir coragem pra descer. Dois, pela cara dos meus progenitores lá embaixo. O pai tentando acalmar a mãe já desesperada. Tava alto, mas eu enxergava! Incrível como o medo nos dá olhos-de-lince. Nessa hora me senti famoso, tinha umas 50 pessoas na platéia. O pai subindo a escada e a mãe não sabendo se chora ou prepara a sova. Tudo acabou bem, desci com meu pai me protegendo enquanto tentava explicar como subi. Não me lembro se apanhei, acho que não. Mas também não me lembro de voltar no Pampas Safari...

=]

3.11.10

Cheirodiversidade



publicado em 20/04/05

É incrível a variedade de odores disponíveis na faixa de 5km da avenida Edvaldo Pereira Paiva, vulga Beira-Rio, entre 18h30 e 19h30. Saindo do Gasômetro, os primeiros 50m têm um cheiro de marofa característico dos admiradores-do-por-do-sol de plantão. Mais adiante, ao longo do primeiro km, é um mix de perfumes. Incrível, mas tem gente que se maquia e se perfuma pra ir correr ou caminhar. Na ponte do dilúvio, aquele coquetel de dejetos que passa embaixo exala um fedor horroroso. Ainda bem que a transição é rápida. Passando pela pista de skate, dependendo do vento, mais marofa. Seguindo em frente, um trecho meio inodoro até o Parque Gigante. Ali, a churrascaria Montana é uma provação. Um dia entro pra provar a picanha das 18h50, que deve ser suculenta e mal-passada. Logo adiante, o estômago quase vira e o apetite some. Animais em estado avançado de putrefação nos arbustos dão sentido a expressão: no pain, no gain! Lá no final, a Borreghard (atual Riocell) de vez em quando dá o ar da graça com aquele cheirinho característico. Na volta, inverte tudo, mas aí a rinite já tá funcionando e o olfato já não é mais o mesmo.


=]

22.10.10

Vale a pena ler de novo

Como vocês 10, meus fiéis leitores, puderam notar, há um certo tempo não escrevo aqui. Não sei ao certo o porquê, talvez o twitter tenha facilitado um pouco as coisas, deixando meu lado preguiçoso tomar conta do campinho. Há 20 dias minha mulher me fez uma grata surpresa: sorrateiramente colocou um texto meu, talvez o melhor deles, na nossa celebração de casamento. Resolvi então republicar uma seleção dos que acho melhores, começando por este:

3.12.05

Dia Lindo, Céu Azul

No sol, 12h19 de hoje, 28 graus, aos 57 minutos de corrida, eu ia em direção a um bebedouro no parque. Três guriazinhas se divertiam em uma pequena fila pra tomar água, sob os olhos de uma senhora que acompanhava e vigiava o trio bagunceiro. Diminuí o passo e entrei no último lugar da fila, um pouco ofegante e coberto de suor. Nesse momento, a última menininha da fila, que tinha Síndrome de Down, vira pra mim sorrindo e diz: "Pode passar titio, o senhor tá mais cansado!". Passei e bebi, segurando o choro. Me abaixei, dei um beijo nela, agradeci e segui o meu trajeto. Nada contra o Dr. John Langdon Down, mas o nome dessa doença deveria ser Síndrome de Up...


:)

22.7.10

Grêmio 1 x 1 Vasco


Grêmio apostando todas suas fichas no pólo aquático


Incrível como podem autorizar um jogo de futebol no charco como o de ontem, que coincidentemente tava na programação da TV. Brincadeira.

:/

13.5.10

Grêmio 4 x 3 Santos

Depois de um jogaço desses, impossível não postar aqui.
AEstado
Borges procurando suas lentes de contato

Depois de alguns dias de espectativa e ansiedade das duas equipes, esperando pra ver se o Anão Dunga iria desfalcar alguns dos escretes com a convocação, o jogo começo pegado. Um lá-e-cá lancinante começava a tomar forma, até que o Santos meteu o primeiro gol. Logo saindo o segundo e a torcida gremista já dava sinais de que temia pelo desandar da maiones enquanto os secadores de plantão abusavam da flauta. Ao final da primeira etapa, o tricolor ainda deu um calor, mas parou na mão do goleiro Felipe. E nos pés de Jonas, que bateu o pênalti como quem chuta uma abóbora de pescoço. Fim do primeiro ato. O velho Silas deve ter dado uma de Capitão Nascimento e aplicado umas chapuletadas no elenco durante o intervalo. Mal o segundo tempo tinha começado e o Grêmio já fungava no cangote santista, que dava o troco sempre que podia. Aos 12 Borges começa a derrubar a casa alvinegra. 2 x 1. Daí pra frente foi só alegria, faceirisse e preparo físico. Paulo Paixão foi o nome do jogo. Quanto mais o Grêmio corria, mais o Santos cansava. Borges fez mais um, Jonas meteu uma bucha e a pá de cal veio com Borges de novo. 4 x 2. No final do jogo, Robinho ainda fez outro golaço, mas não dava tempo pra mais nada. 4 x 3, de virada, magnífico, excelente.

Só tenho uma coisa pra dizer: A Vila vai FUMAR!

:]

7.4.10

Pequeninos



Quando eu crescer quero ser assim.

:)

17.3.10

St Patrick's

Our lager
Which art in barrels
Hallowed be thy drink
Thy will be drunk (I will be drunk)
At home as if in tavern
Give us this day our foamy head
And forgive us our spillages
As we forgive those who spill against us
And lead us not to incarceration
But deliver us from hangovers
For thine is the beer, the bitter, the lager
For ever and ever...

Barmen

:D

1.3.10

O Curling tá no papo

 

Depois da Jamaica, no bobsled, em 1988, o Brasil se prepara para conquistar mais um caneco. Rússia 2014 é logo ali!

;]

25.2.10

Hiperatividade na estrada


(11:16:57) Amigo: É foda dirigir e teclar
(11:17:03) Eu: então pára
(11:17:10) Eu: daqui a pouco dá com as guampa num caminhão
(11:17:15) Eu: ou cai no perau
(11:17:22) Amigo: De teclar?
(11:17:42) Filipon: claro né LORPA. se tu parar de dirigir vai morrer...
(11:17:54) Filipon: se parar o carro não chega nunca
(11:18:16) Amigo: Ah é...


Eu mereço.

:)

5.2.10

Corrida Maluca




Esse cara sorridente aí é meu primo, Marcelo. Quando não tem coisa melhor pra fazer vem aqui comentar as bobagens que eu escrevo. Premo, para nossos 10 íntimos habituais leitores. Antigamente ele era meu co-piloto, num Fiat 147 que eu pilotava loucamente sem habilitação. Nossa maior façanha foi um cavalo-de-pau [180 graus, perfeito] na frente do cemitério de Getúlio Vargas, em 1988. Além de audacioso, eu como piloto eu era sensato. Nesse caso, se algo desse errado na manobra, era só arredar os corpos uns 30m e enterrar. Em segundo lugar, na saída de uma festa em Erechim, tinha uma viatura da polícia do lado do carro. A saída foi pedir para um maior de idade manobrar o carro e nos entregar uns dois quarteirões depois. A terceira, já pilotando um Kadett, na estrada voltando de Passo Fundo, o carro quase foi atravessado por uma ave transtornada, que veio voando do acostamento na nossa direção. Até hoje eu juro que o bicho passou de uma janela a outra do carro. Ele nega, mas não sabe explicar o que aconteceu, nem se o bicho era um Pato, Ganso, Flamingo, Urubu, Avestruz... Com o fim dessas peripécias todas, ele resolveu encarar o troço com mais seriedade. Já eu dei uma de Pelé e me aposentei no auge. Pois vocês bem sabem: depois que tiramos a carteira de habilitação, tudo perde a graça. É que nem filme pornô, depois que se faz 18, não dá mais vontade de assistir.

:)

28.11.09

Cumprindo Tabela

Grêmio 1 x 1 São Paulo

Rafa Marques mostrando com quandos paus se faz uma canoa


Santo André 2 x 0 Grêmio

Marcelinho Carioca [e], 438 anos de praia


Cruzeiro 1 x 1 Grêmio

Pas de deux


Grêmio 2 x 0 Palmeiras

"Com essa camiseta, eu sou o marinheiro Popeye!"

Entrei no clima do meu time agora, estamos aqui só pela grana.

*as fotos são de vários sites desse imenso potreiro chamado internet, mas estou com preguiça de creditar e duvido que alguém venha aqui reclamar.

:|

13.11.09

Marasmo

Para você, leitor fiel ou incauto surfista da internet, não perder mais ainda a viagem de ter vindo até aqui, gostaria de sugerir a leitura dos meus devaneios, que estão aqui do lado, a direita em cima, sob o rótulo de 'Esquizofrenia'. Essa novidade chamada twitter desburocratizou muito o processo de postar minhas bobices diárias, deixando esse blog muito mais a desejar do que já era. Em breve restabelecerei o serviço para alegria de vocês poucos. Tudo que tenho no momento é uma procrastinação absurda, que toma conta de minh'alma.

Posts melhores virão, me aguardem.

:]

29.10.09

Grêmio 3 x 1 Avaí

José Doval/Grêmio

100 comentários, MELHOR goleiro.

Grêmio jogou bola, levou cartões, discutiu com o juiz, fez dois gols no contragolpe. Pena que as vezes nem chega perto disso.

:]

26.10.09

Internacional 1 x 0 Grêmio

José Doval - http://www.gremio.net

Joguinho mais feio que rodada de cusco

Grêmio nos deu de presente todo um novo conceito de jogar mal.

:[

23.10.09

Namorada

há pouco, um amigo exaltava as qualidades da cônjuge...

(15:48:42) Fulano: larga uma VÓDEGA na mão dela pra tu ver
(15:49:07) Enkyl: eu tô ligado que a tua só não manda RAMA pra dentro
(15:49:49) Enkyl: ela curte SUCO DE UVA batizado tambem
(15:50:04) Fulano: é
(15:50:07) Fulano: bom, namora comigo
(15:50:12) Fulano: logo, ela ACEITA ATERRO

praticamente uma declaração de amor no dialeto masculino

:)

19.10.09

Grêmio 2 x 0 Coritiba

Gazeta Press

This is Grêmiooooooooooooooo!


Caro Dunga, favor parar de convocar meu goleiro. Grato, Daniel.

:]

14.10.09

Vários



Nacho Libre - Minha preferência por Jack Black compromete qualquer resenha, mas é impossível não gostar dele. Brother Nacho é um frade locão que tem umas idéias mirabolante, desde adulteraçao bem intencionada da comida do monastério até vestir uma máscara e partir pro tele-catch. Recomendo muito.





Inglourious Basterds - O mesmo estilo Quentin Tarantino de sempre, muitas referências, sangue espirrando, diálogos grandões, músicas antigas, legendas muito loucas, etc. Brad Pitt é um sargento prognata que lidera um pelotão e dá suas ordens com um cômico sotaque redneck. A missão do grupo é exterminar nazistas da maneira mais cruel possível e o longa mostra a trajetória dos caras. Filmaço do bom.  





Public Enemies Acho que a grande atração aqui, alem do visual característico de tudo que Michael Mann dirige é Johnny Depp. Incrível a versatilidade do vivente, que consegue convencer em qualquer tipo de papel que interpreta, de pirata bebum até anti-herói mafioso calculista, o caso aqui. Por sinal, aguardo ansioso o Chapeleiro Louco que ele vai fazer no remake de Alice no País das Maravilhas que vai sair ano que vem, arregalei os olhos no trailer. Voltando à cabeça do cavalo em cima da cama., o filme acontece na época da depressão americana, anos 30, mocinhos caçam os bandidos, muito tiroteio, assaltos a banco, mulheres, peles, carrões, bebida e comida boa e traição, típico mundinho gangster. Excelente.






Monsters vs Aliens - Vi há meses, mas não coloquei aqui. Mais uma animaçao tão boa que não fica devendo pra nenhum filme de ação desses lotados de efeitos especiais. Aos 5 do primeiro tempo, a pequena Susan se transforma na grande Susan, se juntando com uma trupe de monstros em um laboratório secreto do governo dos EEUU. Lá pelas tantas aparece um Alien todo fiadaputa querendo dominar o mundo e o time é convococado para aplicar um corretivo no elemento. Dai pra frente é previsível, mas muito bem feito, lembrando em alguns momentos os filmes antigos de ficção científica, com robôs gigantes e demais parafernálias. Daniel Filippon adverte: Este filme deve ser visto em 3-3-D para alcançar o o máximo delírio visual na pessoa. Há personagens que voam e parecem tentar aterrisar no colo de quem está assistindo, muito tri.

:]

Corinthians 2 x 1 Grêmio

Rafael Falavigna/Terra

Ronaldo chuta, Tcheco olha e Marcelo, grogue, aceita

Vamos ver quantos minutos o Golb leva pra tocar a flauta nos comentários...

:[

13.10.09

Feriado em 60 segundos e 6000 calorias

Namorada, cinemark, Tarantino, pipoca do cinemark, coca, fornellone, relax, dormir, acordar, açougue, super, estrada, cadela hiperativa, cadela sussa, bono de chocolate, coca, praia, ceva, pene, almôndegas de linguiça borússia, ceva, bis dourado [é ruim], bis azul, torta de maçã do max, filme, dormir, banho, croque mademoiselle débora, ceva, bis azul, filme, dormir, acordar, panquecas, cascata, morro do borússia, filme, cochilo, super, incendiar carvão, picanha mal-passada, ceva, picanha de ovelha, coração, maionese resgatada, bis branco, bis azul, ambrosia de leite azedo, problemas de locomoção, filme, dormir, acordar, chuva dormir, acordar, chuva, acordar, iced latte, farroupilhas, caminhar, trabalhar, bruschettas caprese, castanhas de cajú, ovinhos de amendoim, salsicha bock, arroz 7 grãos, ovelha no forno, salada, torta de maçã, bis azul, ócio, procrastinar, filme no sofá, empacotar, torta de maçã, estrada, cadela hiperativa, cadela sussa, cama, dormir.

:]

9.10.09

Atlético-PR 0 x 0 Grêmio


O nada sincronizado


2010 é logo ali...

:/

7.10.09

Top 10 Vilões

10 - Alex De Large
9 - Cuca
8 - Khan
7 - Hedy Carlson
6 - Norman Bates
5 - Jack Torrance
4 - Nosferatu
3 - The Joker
2 - Darth Vader
1 - Leatherface

Foi complicado fazer essa lista só com 10, tive que deixar uns outros tantos de fora, como Jason, Freddy Krueger e os Sleestacks. E sim, eu realmente tinha MUITO medo da Cuca.


:S

5.10.09

Grêmio 3 x 3 Sport

Gazeta Press

Maxi Lopes sentiu o apêndice em tarde inspirada

Tem que dar choque na zaga do meu time na hora das bolas paradas

:/

2.10.09

Desktop multi-touch



Se você é uma daquelas pessoas que comprou um micro touchscreen e ficou decepcionada por não poder brincar muito com os dedos, exceto em aplicações específicas, aqui tem uma bela diversão.

Mais em http://bumptop.com/

:O

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