Grãos da Perdição

Pipoca no cinema é fundamental, é básico, é necessário, é preciso, é qualquer outro adjetivo que consiga atrelar o saco ao vivente que entra na sala para assistir um filme, em qualquer cinema do mundo. Salvo aquelas exceções onde a pessoa não consegue mais ingerir nada sólido, em sessões logo após uma lauta refeição. Nesse caso, o indivíduo deve assistir o filme e, obviamente, retirar a iguaria imediatamente após o término. Cientes disso, os cinemas se aproveitam da inevitabilidade desse consumo e exploram o cidadão. Esse privilégio não é só nosso, estou falando internacionalmente. Funcionários semvergonhas do local pilotam um carrinho lotado e oferecem a droga para adultos e crianças, sem discriminação de credo, cor, sala ou corredor. O cheiro toma conta do local, invade pulmões e distribui prejuízos enquanto se alastra. Dentro de um cinema, um punhado de milho vira algo precioso. O saquinho vira estojo. Assim nos oferecem a jóia, coberta de sal ou açúcar, dependendo do gosto do freguês. E muitas vezes, ali, ao lado do cinema, ao alcance da mão, um imenso supermercado oferece exatamente a mesma mercadoria, em maior quantidade e por um preço condizente com o de um punhado de milho. O gráfico abaixo resume essa minha encheção de lingüiça [chupa! reforma ortográfica] toda.



E o pior, é que na minha próxima ida ao Cinemark, lar da melhor pipoca superfaturada do mundo, eu vou comprar um pacotão COMBO MEGA e gastar feito um trouxa. Malditos prazeres mundanos.

:P