Millor e a Baba K
Kelly Key
Acho que 99% do país já teve o desgosto de ouvir Baba, hit da temporada, defendido com muita propriedade pela buzanfa cantante da Kelly Key. Quando essa bosta não está tocando no rádio do seu vizinho jeca, do shopping ou do táxi, tem alguma mala fazendo o desfavor de lembrar o refrão pra você. É uma daquelas músicas que só podem ser removidas do córtex cerebral cirurgicamente. Uma desgraça mesmo. Kelly é um perfeito protótipo de uma vagaba exemplar.
Mas calma, isso não é ruim. Afinal, milhares e milhares de brasileiras queriam ser como ela,enquanto a mesma proporção de homens queriam ter ela. Sua carreira começou desastrosamente no Samba, Pagode & Cia., aquela porcaria fracassada que passou na Globo. Deve ter durado uns dois programas, eu acho. Daí, com quinze anos, ela se casou com o Latino, rei do funk melody, que depois tentou enveredar pela lambada e que metade das pessoas só lembra porque ele forjou um seqüestro e a outra metade porque ele tinha um sósia que media uns quinze centímetros e causou um dos momentos mais deprimentes e constrangedores da história da TV brasileira ao se apresentar no Faustão. Ele tinha uns dez anos a mais que ela e já estava em final de carreira, quando a desposou.
Daí um belo dia, algum executivo tarado de gravadora tevea idéia de transformar ela numa cruza de Cristina Aguilera com Britney Spears brazuca. Eu achei que não ia colar, que ela ia mais uma vez penar no limbo do fiasco. Mas eis que ela emplacou esse grude, deixando nossa existência um pouquinho mais miserável. Onde está o Taleban nessas horas? O que eu não entendo é que enquanto todas as agências internacionais de inteligência travam batalhas, movendo mundos e fundos contra a pedofilia, esse mal que assola a humanidade e ameaça o direito de escolha de nossas crianças, as pessoas cantam exatamente o contrário! Se prenderam o Planet Hemp por falar de maconha, por que não prendem essa mala? Afinal ela está incitando uma prática ilegal! Porque, como se não bastasse rimar amor com cão o que já seria passível de pena perpétua inafiançável - ela ainda prega nessa música que o homem que respeita uma menina menor de idade é um otário.
E depois que ela completa a maioridade, quando eles já podem furunfar tranqüilamente sem que o cara seja condenado ao xilindró, aí ela não quer mais e fica tirando onda, se insinuando pro distinto homem sem liberar o material, só pra se vingar. Quer dizer, enquanto o cara é direito, não abusa da menor, ele é um babaca, que só merece o desprezo das mulheres porque agiu, no mínimo, corretamente.Tudo bem que achar uma garota que se mantenha virgem até atingir a maioridade é que nem achar um vendedor da Fórum macho. Quase impossível. Mas daí a condenar publicamente o sujeito que pôs a integridade acima do instinto animal... é tipo arrotar alto na mesa, coisas que você só faz entre amigos, em concursos e em fim de festas..
Detalhe cabuloso: ela fez essa música para o professor de educação física, por quem ela era amarradona quando tinha sete anos! Imagina se o cara entra numa com a pirralha no cio? O pior é se ele não ficou com ninguém, esperando ela desabrochar e descobriu que ela não só o preteriu pra perder a virgindade com o Latino, como ainda tá ganhando uma baba mostrando como ele foi trouxa pro Brasil inteiro! O nome dessa música tinha que ser braba, que é isso que ela é! Trabalho não mata. Mas vagabundagem...
Millor Fernandes
Grande Millor!!! Sempre consistente e acido! =]
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