Lotação: 6 leitores em pé e 4 sentados
28.7.05
O Guri, o Tema e a Surra
Nunca fui muito fã de estudar. Aliás, continuo não sendo. Numa manhã de 1983, a professora Maria José (vou ter que fazer um post sobre ela, uma lenda do Colégio Farroupilha) de matemática, 6ª série, passou exercícios para serem feitos em casa. Obviamente eu não era chegado a fazer o tema, independente da matéria. E pra complicar, naquele dia tinha jogo no campinho. Na real todos os dias tinha, mas um pretexto sempre nos ajuda a cometer a infração. Cheguei do colégio, almocei e fui ver um pouco de TV (estudos constatam que estudar logo após as refeições faz mal). Logicamente, o pouco virou muito e, quando me dei conta, tava quase na hora de fardar e ir pro campo. O "estádio" ficava espremido entre dois muros, um do meu prédio e outro do vizinho, fazendo com que não existisse linha lateral. Tabelinha com a parede era perfeitamente normal, só tinha tiro-de-meta e escanteio. Arremesso lateral só se alguém mandasse por cima dessas paredes de 3m. Construído pelo nosso zelador, o Seu Oliveira, que assim controlava nossos hormônios adolescentes. Mantinha a gurizada longe do perímetro do edifício, diminuindo assim a preocupação dele e, claro, os danos ao patrimônio do condomínio. Rolou a peladinha, como de costume. Depois do jogo sempre tinha uma sessão de comentários. Da jogada mais bonita à mais tosca, da "ponte" ao "frango". Assim acabou também aquela tarde. Hora de subir, tomar banho e jantar. Mas não sem antes esconder os livros de matemática que continham o odiado tema. Botei o NAME e o FTD (a Maria José chamava os livros pelo nome, das editoras) embaixo do meu calceiro. Em algum momento entre o banho e o jantar, meu pai chegou em casa. Sem muitos rodeios, foi direto ao assunto: "Fez o tema Daniel?". O sorriso pela tarde futebolística sumiu, as mãos suaram e a cabeça ficou a mil tentando achar uma desculpa. Em segundos veio a tradicional, "não tinha tema hoje pai". Não colou. Meu pai nunca foi do tipo bravo, mas naquele dia em especial ele tava. Talvez pela minha reincidência no assunto ou problemas no trabalho dele. Em segundos ele achou os livros, constatando que eu não tinha feito o que deveria fazer. A casa caiu. Só vi quando ele pegou uma espada de plástico, imitação da Excalibur, grande, bradou alguma coisa e desceu a lenha. Apanhei que deu gosto. Pior, com minha própria arma. No outro dia, eu ostentava alguns vergões nas pernas. Até recusei o convite pra jogar, alegando que o departamento médico não tinha me liberado para a partida. Esse deve ter o último tema que deixei de fazer e um dos motivos de ter errado apenas duas questões de matemática no vestibular anos depois.
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25.7.05
Sede Nerd?
Vores Øl er for det første en velsmagende og energifyldt øl. Men Vores Øl er mere end bare øl - det er verdens frieste øl! Vores Øl er en mellemstærk øl (6%) med en dyb rødgylden farve og en anderledes, men alligevel let genkendelig smag. Sydamerikanernes hemmelighed, Guaranabønner, sørger for energi og godt humør til alle lejligheder.
ou seja, Open Source Beer!
via /.
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21.7.05
19.7.05
Meu 1/2 dia em números
11km de corrida, 9,8C no sol, 2 animais mortos fedendo muito no trajeto, 1 churrascaria fudendo a minha concentração, 1 mp3 player com a pilha fraca, 2 emissoras que tocaram umas 15 músicas e 3 prestaram, 4 caras "correndo" com o celular na mão, 1 de all-star, 2 mulheres caminhando de calça jeans, 1 motorista barbeiro xingado de filho-da-puta à queima-roupa, 1h03m de corrida, 10 min de banho, 3 chamadas não-atendidas no celular, 15min de almoço, 455g de comida, 355ml de bebida, 1 pote de gelatina.
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18.7.05
Baby Boom 1
Tenho um total de 6 amigas grávidas e 6 pitocos que já viram a luz. Sacanagem isso. Com uns 3 por ano até dá pra administrar o sentimento "estou ficando velho" que vem à cabeça. Mas 12 é foda. Isso se não tiver mais alguém "encomendando" enquanto escrevo esse post...
Baby Boom 2
Ontem uma brasileira me levou no tão falado restaurante mexicano daqui. Tinha decoração mexicana, tacos mexicanos, burritos mexicanos, guacamole mexicano, cerveja Sol mexicana, pimenta mexicana. Tudo bem mexicano, inclusive o efeito colateral após a ingestão disso tudo. Olé!
serviço: Pueblo - R. Ijuí, 147
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15.7.05
300 Picaretas
Ontem tocou na Gaúcha essa música. Soou engraçado, quase trágico. No meio dessa lama que transborda do Congresso e cercanias, cabe atirar uma pergunta: Será que Herbert Vianna vai mudar a letra de sua música ou juntar umas pessoas pra pegar na saída?
Luís Inácio ganhou, Marcos Valério entregou...
São 300 malas-pretas, pra deputado que aprovou
=\
13.7.05
lml
Bobagem hoje ser o Dia Mundial do Rock? Talvez. Mas, valioso se comparado ao da abreugrafia, do vizinho, dos supermercados, do comunicador empresarial, dos tribunais de contas do Brasil, da saudade, do aço, do goleiro, da decoração, do leite, do SESI, do motociclista, do motoboy, das abelhas e do mel, da reforma agrária... Dá licença que vou ouvir ZZ Top agora. Depois Stones, White Stripes, Strokes... até cansar, como faço todo o dia, seja ele do rock, do padeiro, do primo-irmão-do-pai-do-coisa.
;]
11.7.05
Dindo
O milagre eu conto, mas o santo ainda não. Me cochicharam que estou cotado para ser padrinho de uma rica coisinha que ainda vai nascer. Confesso que fiquei excitado (com o conteúdo, não com o cochicho), tanto que estou escrevendo aqui. Ainda não tenho esse título no currículo de apadrinhamento, que se resume a 3 casamentos com 66% de aproveitamento. Se valer convite recusado por motivos de força maior, tipo padrinho honorário ou algo assim, então são 4, com 75%. Esse lance de dindagem é meio complicado pra mim. Eu tinha 2 originalmente, um de cada lado da família, um de cada sexo. A dinda é incondicionalmente madrinha, e mais um monte de coisa boa, há 33 anos. O Dindo se afastou um pouco, talvez por vergonha de umas coisas que aconteceram. Escolha dele, perdoada por mim. As portas estão abertas, com ou sem coelho maciço de chocolate do Max na Páscoa. Com esse fato, elegi um suplente que parecia ótimo, mas me decepcionou muito depois de uns anos. Prontamente, cassei o mandato dele. Complicado pra mim, vantagem pro futuro afilhado. Certamente não vai haver necessidade de convocação do suplente, só se for pelo excesso de dindagem!
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8.7.05
7.7.05
Cadê o guri?
Pra quem não sabe, o Pampas Safari é um zoológico aqui perto, onde os bichos ficam soltos. Em São Paulo tinha o Simba Safari, variação sobre o mesmo tema. Eis que um guri pentelho chamado Daniel, eu, então com uns 10 anos, tanto encheu o saco que foi levado por seus pais para passear no tal parque. O pai adorando a idéia e a mãe preocupada. Chegando lá, o cara da entrada nos cobra e faz as recomendações: "Mantenham a velocidade tal, não desçam do carro, mantenham as janelas 95% fechadas, não buzinem deliberadamente, bla bla bla...". E lá se vai o Fiatzinho 147 azul marinho, parque adentro. O pai se vangloriando da idéia e a mãe tensa. Não há feras no parque, somente uma bicharada mais light como camelos, lhamas, búfalos, cisnes, capivaras, flamingos, macacos e cervos. Totalmente sem graça para uma fera como Danielzinho. O pai curtindo a idéia e a mãe já relaxada com a constatação. E vai, anda por aqui, passa por ali, uma cuspida de camelo aqui, uma babada de lhama ali e o guri já querendo saber o que tinha pra comer. Nada aprovisionado no carro, falha na organização. A mãe sugere uma parada estratégica na "área de lazer" e uma visita a lanchonete. Pronto, libertaram a fera do carro. Bem alimentada e pronta para reconhecer o terreno, despista os captores e some. Agora consenso, pai e mãe preocupados. Andam de um lado para o outro atrás do filhote. Nada. Depois de uns 20 min procurando, pessoas começam a se aglomerar perto da caixa d'água que havia no local. 20m, uma minúscula escada, daquelas verticais, em forma de H, com difícil acesso aos primeiros degraus que ficavam MUITO altos. Meu pai, curioso, foi ver a bagunça e perguntou o que tava acontecendo. Alguém larga um "Tem uma criança lá em cima"... A essa altura já deu pra notar que era eu lá em cima, completamente cagado. Um por não conseguir coragem pra descer. Dois, pela cara dos meus progenitores lá embaixo. O pai tentando acalmar a mãe já desesperada. Tava alto, mas eu enxergava! Incrível como o medo nos dá olhos-de-lince. Nessa hora me senti famoso, tinha umas 50 pessoas na platéia. O pai subindo a escada e a mãe não sabendo se chora ou prepara a sova. Tudo acabou bem, desci com meu pai me protegendo enquanto tentava explicar como subi. Não me lembro se apanhei, acho que não. Mas também não me lembro de voltar no Pampas Safari...
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4.7.05
1.7.05
Chimarrão?
Muitos me cobram que eu nunca escrevo sobre chimarrão aqui. Cabe um esclarecimento sobre como ele passou a fazer parte do nome do blog. Quando resolvi criar o BF&C, fiquei um tempo pensando. Acho que uns 30 segundos. Cheguei em Bits & Futebol rapidinho, já prevendo os assuntos que dominariam meus posts. Sabe como é, nerd peladeiro só fala nisso. Como todo bom gaúcho, eu curto um mate e tomo diariamente. Justamente na hora que estava para dar o pontapé inicial nos bits do blog, me passaram a cuia do dito, com água pelando. Uma mão no mouse, outra pra pegar a cuia, a atenção se dividiu e eu gritei putaquepariu. Foi assim que o chimarrão entrou no nome do blog, no meio das teclas do meu teclado e queimou a minha mão.
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