Não

Há semanas, meses, que chove emails sobre o tal Sim ou Não pro desarmamento em todas as minhas caixas postais. Numa roda de amigos ontem, deu uns 4 x 1 pro Não. Sustentei o meu Não, sou a favor da escolha de se defender ou não ficar na mão do cidadão, não do estado. Pelo simples fato de que armas não matam pessoas. Pessoas matam pessoas. Além disso, a bandidagem não seria prejudicada com a medida, pois não adquire suas armas e munição em lojas especializadas. O único Sim na mesa tinha uma posição resistente aos argumentos contrários, mas o modelo ideal dele não se encaixaria no padrão comportamental atual do brasileiro. O desarmamento é mais um método que ataca a consequência, podendo ter efeitos colaterais desastrosos. Enquanto o brasileiro não tiver melhores condições pra escolher o caminho que vai seguir, vamos ter a profissão criminoso ainda muito concorrida. Essa é a causa do problema, a escolha. Talvez daqui alguns anos nossa realidade mude e possamos baixar a guarda. Até lá, tenho que deixar o ladrão com a dúvida do que vai encontrar dentro da minha casa quando pensar em roubá-la.

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