Lotação: 6 leitores em pé e 4 sentados


11.9.06


Jamie Lee Lewis



Ontem à noite Cole Porter, Count Basie e Duke Ellington dariam uma sambada e depois pulariam com as mãos pra cima, abraçados e dando risada, como todo o Teatro do Sesi fez. O guri é gênio. O piano por exemplo, além de tocar ele sobe, puxa as cordas, pisa, cutuca, batuca e depois pula lá de cima. Só faltou tocar fogo. Ah, tudo isso depois de ter passado numa chu-churuascal-ca-ria e chafurdado na carne. A massa foi ao delírio várias vezes com o esquálido inglesinho saltitante. Em outras, quase chorou. Jamie Cullum toca com o corpo todo, mãos, pés, cotovelos, joelhos e, principalmente, coração. Esse mix te leva do riso a lágrima em uma música, incrível. Ouvi de tudo lá ontem, as dele, do Frank Sinatra, da Beyoncé, Jorge Ben, What a diference a day makes (clássica, mas não sei de quem é), White Stripes, entre outros. Difícil mesmo é escolher o melhor momento do show, porque foram muitos. Proponho um empate: 1 - incrível o que o português arrastado dele fez com a pérola Dindi, do Tom Jobim. 2 - High And Dry, do Radiohead, começando com a galera fazendo 'du du' e explodindo no fim. 3 - A balada London Skies, que é excelente e termina com uma batucada afu. Pra quem não foi, resta o consolo de que o guri tá apaixonado pela namorada brasileira, pelo Brasil e por nossa música, o que certamente vai sacudir a cabeleira desgrenhada por aqui outras tantas vezes. Como ele disse ontem, cantando uma do Nat King Cole, The greatest thing you'll ever learn is just to love and be loved in return.

:)

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