Lotação: 6 leitores em pé e 4 sentados


9.7.08

Lei Molhada no Bier Keller


saindo do playground abraçado com as Edelweiss

Ontem perto das 20h, a pé, cheguei num determinado cruzamento de Porto Alegre. Como o lugar é bem low profile, demorei para achar a esquina certa. Uma porta, uma campainha e uma tabuleta onde se lia "mais de 100 rótulos de cerveja" e "Bier Keller", em letra miúda, quase codificada. É o máximo de informação que o ser humano consegue se passar na frente. Toquei a campainha, ainda sem me dar conta que Disneylândia era ali. A portinhola foi aberta por uma alemoa sisuda, que aguardou meu pronunciamento sem dizer uma palavra. Dei boa noite e, como não sou bobo, já fui logo dizendo o que tinham me dito pra dizer. Naquele momento tudo mudou, fui convidado a entrar onde há muito tempo eu queria com um sorriso, já me fazendo esquecer que tinha achado ela séria. Enfim eu estava no famoso clube do Vittorio, o mentor intelectual da coisa toda, inventor desta mini-maçonaria da tríade água, malte e lúpulo. Num estilão armazém antigo, garrafas, copos e tudo mais que possa ter relação com a bebida, tá lá pra completar o cenário. Um lugar agradável, onde só se faz duas coisas: beber cerveja e se sentir em casa. Uma daquelas geladeiras de madeira, onde se põe gelo e serragem, está acomodada na entrada, à esquerda, devidamente municiada. Um buffet de petiscos alemães, com vários tipos de bock e umas mostardas sensacionais. Não há garçons, basta pegar o que vai beber e comer, depois acertar com quem manda. Como o nome já diz, Bier Keller, lá tem um porão. E obviamente foi lá que a Confraria dos Amigos do Antônio (Endler) se reuniu. Entre vários pratos disponíveis, foi eleito o bolo de carne, previamente encomendado para o encontro. Depois de comer umas 5 fatias, tsunamimente regadas com um molho maravilhoso, posso afirmar que foi um dos melhores bolos de carne onde pude cravar meus dentes. Fatias de bacon por fora, queijo, ovo e cenoura por dentro. Acompanharam o assado, aipim de panela e salada. E MUITA cerveja, claro. Nesse sistema de self-service total e irrestrito está incluída a câmara fria, anexa ao porão. Nela dormem tranquilas várias marcas, num sono de -2,5°C. Não preciso dizer que fiz várias incursões no brinquedo.

Abre cedo, fecha cedo. Respeitando as normas da casa, não vou publicar o endereço. Pretendo, sim, convidar alguns amigos para uma visita, assim que - literalmente - puder, honrando a tradição, como meu colega Gustavo Back fez.

:D

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