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19.11.04
Pulga não, Puga!.
Era uma vez numa praia do litoral brasileiro uma ninhada de cachorros. Sem raça definida, mas bonitinhos. Eis que uma femeazinha se desgarrou da ninhada e foi encontrada por uma família, que a trouxe pra Porto Alegre. Viagem longa, enjôo da pequenina e a matriarca da família cheirando um sabonete para aliviar o odor que tomava o carro. Cresceu mordendo chinelos, enterrando pertences e aprontando mil e umas no pátio da casa. Quando a conheci, já era uma senhora, tinha uns 12 (x7) anos. Coroa enxuta, ainda pulava e corria pelo mesmo pátio, caçando passarinhos, lagartixas e outros bichos que a desafiavam. Comia em cima da mesa lá fora, toda pomposa. Sorria, como nunca vi outro canino sorrir antes. Desobediente e temperamental, ficou anos sem tomar banho e sem ver a rua. Mas certo dia ajudei a botá-la nos eixos. Ela ganhou uma coleira, tomou banho e saiu pro mundo. Adorava passear. Tudo era novidade, no estilo "Muito Além do Jardim". Adoeceu algumas vezes. Operou-se uma. Até tirei o maxilar dela fora do lugar uma vez brincando com um saco plástico, mas ela era dura na queda. Recebi com tristeza a notícia que ela amoleceu há 2 meses atrás e teve que ser sacrificada.
Essa cusquinha vai deixar saudades...
=(
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